Viralizou
na internet um vídeo onde a nata da elite econômica nacional rir e graceja
enquanto um dos seus imita o presidente Messias. Claro que o tal presidente é
um idiota, um bobo da corte que sequer tem noção do ridículo a que se presta.
Mas a elite que zomba dele e revirou o Brasil de cabeça pra baixo para
colocá-lo na presidência não é melhor que ele. Anotem: essa malta é tão
perigosa e comete tantos crimes quanto a milícia de Rio das Pedras.
Naji
Nahas, o anfitrião do tal jantar é um criminoso e ex-presidiário, que foi
condenado a 24 anos e 8 meses de prisão por ter cometido crimes contra a
economia popular e contra o sistema financeiro. Esse bacana é chamado pela
mídia de Mega Investidor. Não riam. O convescote foi em homenagem ao
escrevinhador de cartas para analfabetos, o ex-presidente Michel Temer, cuja
folha corrida dispensa comentários. Além desses dois gatunos, o dono da Band e
mais meia dúzia de comparsas faziam parte do regabofe.
Aqueles
anciãos, brancos e podres de rico, com suas fortunas e suas breguices,
representam os Donos do Poder. É a fina flor da elite Tupiniquim que manda e
explora esse país desde 1500. São eles as referências para nossa iletrada,
indigente e jeca classe média formada por uma maioria de juízes, promotores,
advogados, médicos e outros bacharéis que exigem serem chamados de
"dotô" e, coitados, pensam que são daquela elite e fazem de tudo para
agrada-los na esperança de serem convidados para o camarote do Coliseu. São
jornalistas que se contentam com as sobras da Casa Grande e vendem suas penas
por uma tapinha nas costas ou uma cadeira na bancada da TV.
São
estes, a elite e seus serviçais, que formam o público que foi às ruas na semana
passada pedir o fim das instituições e da democracia. Gente que não têm o menor
apreço por causas civilizatórias. Além de incivilizados são ignorantes, gente
que estudou apenas o suficiente para conseguirem o diploma que ostentam e
passarem nos concursos que lhes levaram aos cargos que ocupam. Vimos na
manifestação do último dia 07 uma juíza federal segurando uma faixa que pedia o
fechamento do STF. Merecia uma moção de aplauso pela magnífica estupidez.
Liberdade,
Igualdade e Fraternidade, bandeira da Revolução Francesa que propagou o
Iluminismo e acendeu a chama do humanismo é um entrave para essa gente formada
pela cultura dos Engenhos, sob o símbolo do tronco e a força do açoite de seus
relhos nas costas do povo.
Lamentável
perceber que o Brasil não deu certo. Apesar dos esforços de José Bonifácio,
Joaquim Nabuco, Sérgio Buarque de Holanda, Caio Prado Jr, Celso Furtado,
Florestan Fernandes, entre outros, não se produziu aqui um sentimento de nação.
O Brasil continua no século XVI. É o lugar onde os representantes da Metrópole
exploram o ouro, cortam Pau Brasil, matam índios e escravizam o povo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado por seu comentário!